Mateus 16:13-19
Assim como ocorreu há mais de dois mil anos atrás, ainda hoje muitas pessoas têm conceitos os mais diversos sobre a pessoa de Jesus. De modo geral, as divergências mais profundas se referem a sua divindade. E quando essa é negada ou questionada, o que está em jogo é a própria obra Dele. Esse texto apresenta Jesus e seus discípulos caminhando em direção a Cesareia. Em dado momento, Jesus se volta para eles e indaga sobre quem dizem as pessoas que Ele é. Os discípulos então dão uma série de respostas. Mas Jesus não se impressiona com isso. A seguir, Ele pergunta: “mas vós, quem dizeis que eu sou?” (v.15).
E Pedro, de imediato, responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16).Diante de um texto como esse, a pergunta que fica é simples: quem é Jesus para você? Sim, porque pode ser que você tenha a mesma convicção de Pedro; pode ser que você realmente aceite e creia que Jesus é o Filho unigênito de Deus. Mas que relevância essa informação tem para você no seu dia-a-dia?
Pedro, que foi alvo dessa revelação e dessa convicção, mais tarde negou a Jesus três vezes. Nós também corremos sempre esse risco. Sabemos e aceitamos as verdades bíblicas a respeito da Obra redentora do Messias, confessamos isso em nossos cultos, mas se essa for apenas uma convicção teológica feita apenas com os lábios, o risco de negá-lo será constante. O chamado cristão é para que o culto a Deus que sai de nossos lábios seja o mesmo que sai do nosso coração. Se não for assim, não deixaremos espaço para Jesus ser de fato, “o Cristo, o Filho do Deus vivo”, o verdadeiro e único Deus, em todas as nossas decisões, nos nossos planos, nos ambientes que freqüentamos e em nossas amizades. Quando não temos essa atitude, preferimos, assim como Pedro, só que de forma sutil e interior, dizer que nem o conhecemos e negamos a Ele a direção das nossas decisões.
É óbvio que ter respostas diretas, simples e teologicamente consistentes sobre quem é Jesus é muito importante. Mas é também importante que essa convicção e confissão estejam presentes em todos os dias e em todos os ambientes de nossa existência. Uma igreja forte começa quando a confissão teológica se traduz em atitudes diárias nas quais o nome de Cristo é exaltado em nossas vidas.
Presb. Lindomar Guimarães
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